No dia 30 de agosto, os Estados Unidos concluíram a evacuação do Afeganistão após vinte anos de ocupação do território. Apesar das diversas oposições quanto à atitude do presidente Joe Biden, o secretário do Estado dos EUA, Antony Bliken, afirmou em depoimento durante o Congresso norte-americano nesta segunda-feira (13) que a não retirada das tropas do país resultaria em mais vinte anos de guerra. A decisão foi tomada um dia antes do prazo final estipulado pelo Talibã após retomar o poder no país.
Desde sua ascensão, o Talibã instaurou um regime totalitário e extremista baseado na lei islâmica. No último sábado (11), aniversário do atentado de 11 de setembro as Torres Gêmeas, o grupo hasteou sua bandeira no palácio presidencial do Afeganistão em Cabul, marcando o início oficial do governo interino do Talibã.
Contrariando as promessas de um gabinete inclusivo – após usurpar os direitos educacionais, trabalhistas e sociais das mulheres e meninas afegãs – o grupo fundamentalista nomeou apenas homens para o poder Executivo. Além disso, o novo governo substituiu o Ministério dos Assuntos da Mulher pelo Ministério da Virtude, departamento responsável por enviar às ruas a polícia religiosa que ficou conhecida por bater em mulheres acusadas de se vestir indecentemente ou de sair de casa sem um acompanhante do sexo masculino.
A EDUCAÇÃO NO AFEGANISTÃO
Neste domingo (12) foi instaurado que as escolas e universidades do país passarão a ser segregadas por gênero e que um novo código de vestimenta será adotado para as estudantes. O ministro do Ensino Superior, Abdul Baqi Haqqani, também anunciou que haverá uma revisão das disciplinas ministradas aos alunos universitários e que as aulas que sejam “contrárias” à lei islâmica (sharia) serão excluídas.
Sendo separados por uma cortina, homens e mulheres sofrem com tal reforma. A agência local “Tolo News” relatou que as instituições estão vazias. Ainda, um estudante contou que não há professores, nem estudantes e que muitos temem pelo seu futuro.

Apesar das restrições aplicadas, o Talibã diz que não vai impedir que as mulheres recebam educação ou tenham emprego. Entretanto, desde que assumiu o controle em 15 de agosto, o grupo determinou o afastamento de todas as mulheres, exceto as do setor público de saúde, até que a “segurança do país melhorasse”.
RETROCESSO EM ANDAMENTO
Segundo a BBC, pelo menos 20 civis foram mortos em Panjshir no Afeganistão em detrimento dos combates entre o Talibã e as forças da oposição. Apesar das promessas de anistia e paz, há evidências de assassinatos cometidos pelo grupo.
Com isto, cresce o índice de cidadãos afegãos que fogem de seu país por medo dos combates, ocasionando em centenas de milhares de pessoas desabrigadas a procurarem refúgio em outros países.
Correndo risco de fome iminente até a chegada do inverno, a ONU (Organização das Nações UNidas), em conferência em Genebra nesta segunda-feira (13), diz que a taxa de pobreza do Afeganistão está em disparada e que os serviços públicos básico estão à beira do colapso.
Massaaaa…voa , Bruninhaaaa
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Conteúdo maravilhoso, o mundo deveria ver isso, mais vivemos em um mundo capitalista, o vizinho não quer saber se o outro está passando fome.
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