A Island Records é uma das principais gravadoras do ramo, sendo reconhecida mundialmente por seus trabalhos, originada na Jamaica em 1959 por Chris Blackwell e Graeme Goodall. Hoje em dia, pertence a Universal Music Group e opera como uma divisão denominada The Island Def Jam Music Group desde 1999, quando foi comprada pela Polygram e, logo em seguida, foi fundida com a Def Jam Recordings, também chamada de Universal Music na Austrália, Reino Unido e alguns países europeus.
A gravadora já chegou a ser considerada a maior no cenário da música indie na década de 80, quebrando recordes de vendas e rendendo a primeira certificação de ouro com o álbum Exodus, de Bob Marley & The Wailers. Após a morte repentina de Bob Marley, a gravadora ficou em maus lençóis até encontrar um novo foco, que seria o rock progressivo, se destacando por seus diversos trabalhos, principalmente com o fenômeno da época, a banda U2. Chegando ao presente, carrega grandes nomes, como Justin Bieber, Demi Lovato, Bon Jovi, Mariah Carey, Big Sean, Elton John, Shawn Mendes, Madison Beer e Sabrina Carpenter.

O ano de 2022 chegou com muitas inovações para Island Records, a começar pela diretoria. No início de 2021, a gravadora publicou uma nota anunciando a renúncia de Darcus Beese, o então presidente desde 2018 e envolvido com a gravadora desde 2008, por motivos pessoais. No texto, é explicado que o diretor teria que retornar ao seu país de origem, Reino Unido, para correr atrás de novas oportunidades, que a gravadora apoiou completamente sua decisão, e são gratos por suas contribuições durante todo esse período. Beese foi uma grande parte nas carreiras de Florence + The Machine, Amy Winehouse e muitos outros.

A gravadora ficou sem diretoria durante mais da metade do ano passado, atrasando diversos trabalhos e implantando o caos completo nos contratos e na internet. Mesmo sem a mesa diretora, tivemos diversos lançamentos em 2021, como os álbuns Justice, Life Support e Dancing with the Devil: The Art of Starting Over. de Justin Bieber, Madison Beer e Demi Lovato, as músicas Summer of Love e It’ll be Okay de Shawn Mendes, Skin e Skinny Dipping de Sabrina Carpenter e Story of Love de Bon Jovi.
A problemática envolvida nos casos de lançamentos sem um CEO no comando é a falta de investimento, estratégia e marketing por parte da gravadora para estes artistas. A música demora ou nem chega a ir para rádios e playlists de destaque nas plataformas de streaming, possui baixo orçamento e atraso para gravação e lançamento de videoclipes e não é submetida as grandes premiações, como o Grammys.
Essa falta total de impulsionamento do lançamento por parte da gravadora é extremamente prejudicial, as consequências da falta de gestão resultaram em muitos números menores que o esperado, e uma legião de fãs bem nervosos.
Aos corajosos que botaram a cara a tapa e lançaram seus trabalhos mesmo em meio aos obstáculos, os resultados, em números, não foram tão positivos. Um exemplo é o desempenho de It´ll be Okay, de Shawn Mendes, acostumado ao topo, a música debutou em #78 na Billboard e custou para subir, mas com muita instabilidade.
A música foi lançada logo após o término de seu longo relacionamento com a cantora Camila Cabello, a letra demonstra todos seus sentimentos e pensamentos mais íntimos, sendo recebida com muito carinho em todas as redes sociais. Esse período foi visto pelos fãs do Twitter como uma oportunidade para lançamentos mais intimistas e simples, conectando o artista ao espectador com maior profundidade e proximidade.
Com altos e baixos, 2021 foi o ano em que fãs e empresários suaram para destacar seus artistas em um cenário de pandemia e com a falta de ação da gravadora. Esse esforço surtiu frutos em alguns casos, como a ótima colocação nos charts da música Peaches, de Justin Bieber, que ficou em primeiro lugar no Billboard Hot 100 logo na semana de lançamento, e a gigantesca produção cinematográfica ao redor do clipe Dancing with the Devil, de Demi Lovato.

Os novos CEO´s da Island Records são Imran Majid e Justin Eshark, empossados desde o primeiro dia de 2022. A parceria entre os dois se iniciou em 2004, quando ambos trabalhavam na própria Universal Music Group, e depois se reencontraram na Columbia Records em 2013. Na época, Justin estava envolvido no desenvolvimento do álbum debut de Hozier, que vendeu mais de 2 milhões de cópias, enquanto Imran estava empenhado em Rachel Platten e os rappers Lil Tjay e Russ.
Durante o anúncio, grandes promessas foram feitas pela nova mesa diretora, entre elas, o aumento de artistas do hip hop e rap em seus corredores, permanecer honrando o DNA da gravadora, que sempre descobriu artistas icônicos, incentivou suas essências e possui uma ótima reputação. Eles comentam sobre esta parceria está fadada ao sucesso, por serem companheiros há muito tempo e confiarem muito um no outro, sobre isso, Imran diz: “Justin e eu não desenvolvemos apenas um laço de confiança entre nós, cultivamos essa confiança diante das nossas relações com nossos artistas, empresários e produtores. Nós simplesmente amamos música e descobrir artistas com novos sons ou perspectivas. É um período incrível para retornar a UMG (Universal Music Group) e não podemos esperar para começar logo”.
Mostrando trabalho desde o início da gestão, os presidentes já posaram ao lado de Demi Lovato em uma de suas publicações, anunciando sua nova era voltada para o rock, aumentando as expectativas dos fãs de Demi e dos demais artistas desde já. Novos ares fazem bem, não é mesmo? É um novo começo para os negócios da Island Records, e esse ano promete ser um dos mais promissores para a gravadora!
Que escrita maravilhosa. Parabéns pela matéria!
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Que texto top. Parabéns a revista e a jornalista responsável pela matéria.
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Texto simplesmente maravilhoso! Não fazia ideia que a Island tinha sido criada há tanto tempo, to chocada.
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Matéria sensacional👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
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