Conheça nesta quarta-feira (04), no quadro ‘Conheça o Artista – FRENEZI X Projeto Orgulharte’ a ilustradora e pintora Jessy Barroso, de 24 anos. Natural de Brasília e moradora do Rio de Janeiro desde os 8 anos, a vendedora e artista se dedica à pintura há muito tempo. Além de trabalhar em uma loja de shopping, a ex-estudante de moda estampa roupas para vender e já conquistou algumas pessoas.



Apesar da experiência, Jessy diz que opta por fazer trabalhos para pessoas próximas e conhecidas para evitar qualquer tipo de discriminação e preconceito que pode vir a sofrer por conta de sua sexualidade. ‘’A principal dificuldade que eu vejo agora é o receio de ampliar meus horizontes e vender para pessoas que são só do meu círculo de convívio’’, esclarece.
A artista possui uma pintura específica, marcante e com bastante significado. Para ela, os desenhos representam a forma como se sente e a pintura se resume à “cor” que chegou à vida para tirar a “sensação cinza” em que vivia. ‘’Minhas pinturas sempre expressam sentimentos, sejam eles muito bons ou ruins. Eu sempre tento transmitir alguma mensagem através deles’’.
Em entrevista, ela contou sobre os direcionamentos que vem tomando na vida. Para a jovem, as incertezas ainda são muitas. “Sou uma pessoa que ainda está em uma jornada de descobrimento, tanto profissional como pessoal. A única certeza que eu sempre tive, é de ser lésbica”, disse Jessy.
Leia a entrevista com Jessy Barroso:
- Quem é a Jessy?
Essa é uma pergunta difícil. Eu acho que estamos sempre em constante evolução e que somos altamente mutáveis, então o que posso afirmar é apenas que a Jessy de ontem não será a mesma de amanhã.
- Quando e de que forma a pintura começou a fazer parte da sua vida?
A pintura começou como uma fuga pra mim. Através dos meus desenhos sempre tive mais autonomia para expressar meus sentimentos e esse processo sempre foi muito natural.
- Como uma pessoa que faz parte da comunidade LGBTQIA+, quais são os principais problemas enfrentados na vida artística?
Acho que a maior parte dos meus sentimentos ruins motivaram a criação de alguns desenhos. Sempre foram as consequências de algum constrangimento, sofrimento e dificuldade de aceitação, até mesmo pela família, por ser LGBTQIA+.
- Quais serão seus próximos passos como artista e profissional?
Pretendo comprar uma máquina para começar a transferir meus desenhos para a pele, mas não pretendo parar a confecção das roupas. Quer coisa melhor que ver alguém carregar a minha arte para sempre? Isso é maneiro demais!


Mais informações e contato pode ser feito através do Instagram da artista: @artwesty_