Texto por: Alexandre Araujo.
Nesta semana, o quadro ‘Conheça o Artista – FRENEZI X Projeto Orgulharte’ chega ao fim e apresenta a última artista do projeto universitário carioca em parceria com a revista: Thamires Ribeiro, de 21 anos.
Nascida em Minas Gerais e atual moradora de São Paulo, a artista é formada em maquiagem profissional. Contudo, as práticas e habilidades não se resumem apenas nisso. Conheça mais sobre a mineira.


O interesse e admiração por maquiagem vem desde muito cedo, quando ainda era apenas uma criança. Thamires conta que sempre foi fã da cantora Lady Gaga e admirava a forma em que a artista se expressava de forma autêntica e segura de si mesma. “Eu amava todas as suas maquiagens excêntricas e chamativas”. Já atualmente, a inspiração vem de mulheres empoderadas, além de Tom Savini, um famoso maquiador, técnico em efeitos especiais de cinema, ator e cineasta norte-americano.


Como nem tudo são flores, a maquiadora enfrentou diversos desafios ao longo desses anos como profissional. Ela conta que o maior desafio foi no começo da pandemia, em 2020. “Foi um momento muito complexo onde eu enfrentei a síndrome do pânico e recebi meu diagnóstico de transtorno bipolar. Eu não conseguia clientes por não ter condições de trabalhar e, além disso, as clientes não tinham razões para me contratar, já que não tinham eventos durante a pandemia”, contou.
Em contrapartida a isso, a jovem relatou que mesmo diante às barreiras e dificuldades, percebeu que é capaz de ser uma grande maquiadora. “A maquiagem, pra mim, é a minha forma de me expressar”, completou.


Confira a entrevista com Thamires Ribeiro:
- Quem é Thamires Ribeiro?
Sou formada em maquiagem profissional, mas também faço maquiagens artísticas, como a criação de personagens, Drag Queens, maquiagem de terror e sfx (próteses cênicas e efeitos especiais).
- Acha que a sua sexualidade interfere ou pode interferir futuramente nos seus planos/carreira?
Acredito que minha sexualidade interfira em algumas questões. Por ser bissexual, a sociedade leva em conta de que sou apenas uma pessoa “confusa”. Alguns clientes já cancelaram comigo assim que souberam da minha sexualidade. Segundo eles, eu iria dar em cima.
- A indústria brasileira da sua área, na sua concepção, vem acolhendo a diversidade?
Acredito que, por ser um trabalho na área da beleza, o acolhimento da diversidade seja um pouco “aceito”, já que existem muitas pessoas LGBTQIAP+ trabalhando na área.
- Apesar de todas as circunstâncias, você pretende seguir com a carreira de maquiadora ou existe um plano B profissional?
Eu pretendo continuar com a carreira e tenho objetivos de trabalhar fora do país.
- Quer deixar uma mensagem para os nossos leitores?
Não tenha receio de continuar a fazer algo que gosta por medo de não ser aceito. Lembre-se, você se aceitar é um ótimo começo.
- Onde podemos conhecer mais sobre o seu trabalho?
No meu instagram, @succubgirl.