Sucessos da indústria musical que irão comemorar seus aniversários em 2023

Para algumas bandas, 2023 será um ano marcante em suas carreiras. Alguns discos muito conhecidos e adorados pelos fãs celebrarão ‘’aniversários cheios’’, como The Dark Side of the Moon e In Utero. Neste ano, as bandas de rock são as principais aniversariantes. Por isso, a Frenezi separou cinco álbuns que se destacam e não podem ficar de fora das playlists.

Beatles: 60 anos de seu primeiro álbum

A banda de rock britânica, formada por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, surgiu na cidade de Liverpool e se tornou um sucesso mundial na década de 60. No entanto, um quarteto não foi a formação inicial. Lennon e McCartney começaram como uma dupla, tocando em bares e clubes da cidade inglesa e conquistando, aos poucos, um público cativo. Até que encontraram Harrison, em 1958.

A dinâmica mudou quando o produtor musical George Martin entrou em cena e falou que o trio teria que virar um quarteto, visto que um baterista fixo precisava ser contratado. Starr foi o escolhido para assumir o posto. Não demorou muito para que o grupo lançasse seu primeiro single: Love Me Do, que atingiu o décimo sétimo lugar nas paradas de sucesso da Inglaterra. 

A banda liderou o que foi chamado de ‘’Invasão Britânica’’ na indústria musical americana, estrelando no mercado com o álbum Please Please Me e quebrando vários recordes de vendas. Mas, nos Estados Unidos, o disco recebeu um nome diferente. Na época, era comum que cada país elaborasse as capas dos CDs, a seleção das músicas e até mesmo o nome. Como consequência, os estadunidenses conheceram o disco como Introducing the Beatles,  lançado em 22 de julho de 1963 pela gravadora Vee-Jay Records.

Capa do álbum Please Please Me [Imagem: Reprodução: Parlophone]

 O disco possui 14 faixas, sete de cada lado, sendo Paul McCartney o principal compositor do álbum, escrevendo oito músicas. O sucesso foi tão grande que a Rolling Stones classificou a canção Please Please Me em #184 e I Saw Her Standing There em #130 na lista das melhores canções de todos os tempos. Além disso, o álbum de estreia é o mais vendido da história, com 52 milhões de cópias vendidas até os dias atuais.

Arctic Monkeys: 10 anos de AM

Lançado em 9 de setembro de 2013, AM foi o quinto álbum de estúdio da banda inglesa de rock Arctic Monkeys. Apenas na primeira semana de sua estreia vendeu cerca de 157 mil cópias e conquistou o primeiro lugar nas paradas de sucesso do Reino Unido e o sexto nos Estados Unidos. Este ano, o disco completará 10 anos. 

Capa do álbum AM [Imagem: Reprodução/Arctic Monkeys]

O single R U Mine foi lançado cerca de um ano antes e fez com que os fãs criassem muita expectativa. De acordo com as críticas feitas na época, Arctic Monkeys não decepcionou. Recebeu uma nota 81 de 100 no site Metacritic, após uma análise feita por 36 pessoas.

“Com inspirações de hip-hop com rock de titãs, este disco é construído sobre batidas portentosas que são obscuras e intimidadoras, ainda impiamente emocionante”, disse Simon Harper, da revista Clash, sobre o disco. 

A banda, formada no início dos anos 2000, é composta pelo vocalista Alex Turner, o baterista Matt Helders, o guitarrista Jamie Cook e o baixista Nick O’Malley. AM foi muito bem avaliado, principalmente, pelos solos de guitarra de Cook, que se destacam ao longo do álbum. A versão em vinil possui duas faixas bônus que ficaram de fora do disco: 2013 e Stop The World I Wanna Get Off With You.

Arctic Monkeys [Imagem: Reprodução/Letras]

50 anos de The Dark Side of the Moon:  

1º de março de 1973: esta foi a data que Pink Floyd escolheu para lançar a obra que definiria a carreira da banda. The Dark Side of the Moon tornou-se um sucesso mundial, vendendo mais de 60 milhões de cópias ao redor do globo e garantindo o primeiro lugar na Billboard por mais de 14 anos.  

Inicialmente, o quarteto britânico planejava que o disco trouxesse letras que tratam do cotidiano e das pressões que os músicos sofriam na indústria musical. No entanto, algumas canções como Money, Us and Them e Brain Damage mostram que outros temas também foram abordados, desde dinheiro, loucura até conflitos armados. Em entrevista para a Rolling Stones, Roger Waters, vocalista e baixista, afirmou que: ”Dark Side foi o nosso primeiro álbum que é genuinamente temático e que realmente fala sobre algo”. 

Capa de Dark Side of the Moon [Imagem: Reprodução/Pink Floyd]

O álbum foi gravado em Abbey Road, mesmo local onde Paul McCartney estava terminando de produzir Red Rose Speedway. O encontro era inevitável, assim como o featuring, por menor que tenha sido. No final da música Eclipse, de Pink Floyd, é possível escutar uma versão orquestral de Ticket To Ride, canção lançada pelos Beatles em 1965.  

O disco completa 50 anos este ano. Contudo, em 1972, os fãs tiveram um pequeno spoiler do que viria a ser considerado um dos melhores trabalhos da banda. As composições de The Dark Side of the Moon foram apresentadas, até na mesma ordem que aparecem no disco, em Brighton Dome, mais de um ano antes de seu lançamento. 

Aerosmith e Dream On:

É impossível pensar em Aerosmith sem associar ao single Dream On. A banda surgiu na cidade de Boston no início dos anos 70, trazendo uma pegada um pouco diferente: o hard rock com outros gêneros, como R&B, heavy metal e pop rock. A junção de duas bandas – Chain Reaction, do vocalista Steven Tyler e Jam Band, do guitarrista Joe Perry e do baixista Tom Hamilton – virou o que conhecemos até hoje como uma das maiores e melhores bandas de rock, que se tornou completa após a chegada de Ray Tabano e Joey Kramer.  

Dream On foi uma jogada de sorte responsável por mudar todo o futuro do grupo. A banda estava quase sendo largada pela gravadora após o fracasso de seu primeiro trabalho na indústria, até que seu produtor convenceu a Columbia Records a lançar essa canção, com a promessa de que ela faria sucesso. E realmente fez. A gravadora manteve o contrato de Aerosmith e o grupo tornou-se um dos principais clientes. No mesmo ano, a banda lançou o álbum Aerosmith.

Aerosmith [Imagem: Reprodução/Discogs]

In Utero: O último álbum de Nirvana

In Utero, lançado em 1993 pela DGC Records, foi o último álbum da banda e é considerado o testamento musical de Kurt Cobain, vocalista e guitarrista do grupo, que cometeu suicídio no ano seguinte. Por ser considerado a espinha dorsal de Nirvana, após sua morte o grupo se separou. 

Kurt Cobain  [Imagem: Reprodução/RockTime]

O disco começou a ser gravado aqui no Brasil e chocou os diretores pelo pouco tempo que levou à banda a concluir as gravações: apenas 12 dias. Em sua primeira semana de lançamento, atingiu o primeiro lugar na parada Billboard 200 e vendeu mais de 181 mil cópias. Atualmente, cerca de 15 milhões já foram vendidas. 

Serve the Servants, música que aborda os aspectos da vida de Cobain, abre a última obra da banda. O disco mescla vários ritmos ao longo de suas canções; algumas mais melódicas, como Heart-Shaped Box, e outras mais agitadas, como Very Ape. A versão americana do álbum possui 12 faixas, já as outras versões, apresentam uma faixa bônus de quase oito minutos. Mesmo de forma não intencional, Nirvana fez um belo trabalho para encerrar a trajetória do grupo. 

Capa do álbum In Utero [Imagem: Reprodução/Nirvana]

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s