Pânico VI estreou, na quinta-feira (09/03), nos cinemas brasileiros e promete ser a mais brutal da franquia. O longa é estrelado por Melissa Barrera, Jenna Ortega, Jasmin Savoy Brown, Mason Gooding e também conta com o retorno de Courtney Cox, que está presente em todas produções de Pânico, e da atriz Hayden Panettiere, a Kirby do quarto filme da franquia.

Infelizmente, a nova produção não conta com a presença da protagonista Sidney Prescott, interpretada por Neve Campbell, pois a atriz desistiu de atuar no projeto devido ao salário oferecido não ser condizente. Mesmo com a sua ausência, no entanto, a sua personagem é mencionada em algumas cenas.
Dirigido pela dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (Casamento Sangrento, 2019), após conviverem com as últimas mortes provocadas por Ghostface, os sobreviventes do massacre, Sam (Barrera), Tara (Ortega), Chad (Gooding) e Mindy (Brown), deixam Woodsboro e iniciam um novo capítulo em Nova York. Contudo, eles se tornam novamente alvos de um novo serial killer.
Diferente dos outros longas, a brutalidade de Ghostface consegue deixar os telespectadores assustados e arrepiados na poltrona. O filme traz muita cenas de violência explícita e bastante core, além disso, o assassino não somente usa aquela famosa faca como também uma espingarda (essa cena do mercado foi mostrada no trailer), trazendo aquela sensação de muita tensão e fazendo o público torcer para os personagens escaparem da morte.


As referências também não ficam de fora, além de mencionar sobre os filmes de terror, como Halloween – A Noite do Terror, Sexta-Feira 13 e Psicose, as easter-eggs das outras produções estão presentes nas fantasias dos figurantes, como, por exemplo, aquela cena na estação do trem em que as pessoas estão vestidas da noiva de Casamento Sangrento, Freddy Krueger de A Hora do Pesadelo e o George de It – A Coisa. O sexto filme também traz referências dos outros longas da franquia Pânico, que quem é fã do slasher pegará rápido cada detalhe.
As atuações de Melissa Barrera e Jenna Ortega, que interpretam, respectivamente, as irmãs Sam e Tara Carpenter, são grande destaque no filme. A conexão e união das protagonistas é bastante aprofundada e emocionante, elas mostram que querem melhorar cada vez mais a sua relação. Os irmãos Chad e Mindy também são explorados melhor na sexta produção, a aproximação deles com as Carpenter é evidente no enredo e os quatro personagens, apelidados de “QUARTETO TOP”, tentam o possível se unirem para começar um novo capítulo da vida para superar os traumas que viveram no quinto filme. Sem contar que o retorno de Gale e Kirby também deixa os fãs da franquia bastante entusiasmados.





Os novos personagens são introduzidos na trama, mas trazem aquela desconfiança de quem seria o Ghostface pelos protagonistas e também pelo telespectador. O longa também faz de tudo para enganar o público sobre o suspeito, logo, é preciso ser bastante esperto para não cair nas pegadinhas que a produção proporciona e consegue fazer o público ficar interagindo com a narrativa.






Porém, a produção também apresenta alguns deslizes que podem incomodar o telespectador. A abertura consegue trazer um diferencial, assim como as cenas das mortes que são mais sanguinárias, mas o roteiro segue o mesmo padrão dos longas anteriores de Pânico, deixando alguns momentos do filme saturados.
Tratando da violência, percebe-se que alguns personagens são feridos brutalmente pelo serial killer com várias facadas, mas conseguem reunir forças para continuar andando e lutando contra o assassino, ocasiões que se tornam estranhas nas cenas que são apresentadas.
Em síntese, apesar de alguns erros, Pânico VI consegue ser um slasher mais brutal e sanguinário e se tornando um dos TOP 3 da franquia. O resgate das referências dos anteriores torna-se bastante nostálgico para os fãs e faz ter vontade de rever os anteriores novamente, além de trazer a ironia das regras clássicas dos filmes de terror. A produção alcança (mais uma vez) a euforia e o entusiasmo do telespectador e, principalmente, dos fãs na sala de cinema.