Os riscos de utilizar produtos de beleza fora do prazo de validade

Quem nunca foi fazer uma limpa na gaveta de maquiagens e encontrou aquele produto que há tempos estava escondido no fundo da gaveta, jogado no esquecimento e que não se usava mais? E quando foi olhar a validade… surpresa! Estava vencido!

Infelizmente, acumular compras e esquecer de alguns itens é um acontecimento mais comum do que gostaríamos de admitir e, muitas vezes, o esquecimento dura um tempo tão longo que os produtos vencem sem que consigamos perceber e nem usufruir. Nessas horas, muita gente começa a cantar “tô invisível!”, e segue usando o que está fora da validade como se nada tivesse acontecido, mas os prejuízos causados por essa prática são bem mais graves do que se possa imaginar.

Nesse sentido, fica claro que a data que está no produto não é uma “tática” da indústria para fazer o cliente ter de de comprar mais ou outra vez, mas que esse prazo limite se trata de uma medida de precaução baseada no estudo do comportamento e reação dos componentes químicos dos artigos., De acordo a Drª. Amanda Vilela, médica dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), sofrem alterações severas com o tempo: “Os produtos de beleza têm muitos componentes e são estabilizados, muitas vezes, pelo Ph. Quando o prazo de validade acaba, ocorre uma desestruturação química desses produtos”.

Além disso, os riscos vão além de uma simples vermelhidão de momento ou incômodo de uma coceira, na verdade, isso pode ser apenas o indicativo de um problema maior. A Dra. Amanda esclarece que uma das principais intercorrências que pode ser desencadeada – para além desses sinais já citados – pode ser uma dermatite de contato, uma reação inflamatória na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar irritação ou alergia. Sendo assim, já dá para imaginar que, com o passar do tempo, a falta de atenção ou insistência em utilizar, pode causar prejuízos não apenas estéticos, mas à saúde também. 

A pele é um órgão muito sensível e a aplicação de qualquer componente químico nela deve ser muito bem ponderada. Porém, se o produto vencido já foi utilizado e o dano já aconteceu, entrar em desespero não é a melhor opção. A dermatologista alerta que, nesse tipo de situação, buscar a orientação profissional é imprescindível para que o caso seja analisado de forma individual, mas destaca alguns cuidados imediatos que podem ser tomados antes mesmo de passar pela consulta: “O ideal é sempre agendar uma consulta com o dermatologista para o tratamento individualizado. Mas, até isso acontecer, sugiro suspender imediatamente os produtos de beleza, borrifar uma água termal para acalmar a pele e usar um hidratante calmante, como o Cicaplast Baume, para a pele ser regenerada.” Então, nada de tentar outras mil misturas ou receitas milagrosas, o melhor a se fazer é deixar a cútis descansar. 

E, para evitar intercorrências, separamos três pontos para os quais devemos nos atentar ao utilizar nossos produtos de beleza: 

  • Textura: se a consistência do produto for, via de regra, homogênea e ele começou a empelotar, esse pode ser um sinal de que sua vida útil segura já acabou. 
  • Odor: mesmo que alguns itens já venham de fábrica com um cheiro não muito agradável, com o uso ao longo do tempo, conseguimos identificar quando esse odor muda. 
  • Cor: a cor é um dos principais fatores que indicam quando um produto começa a oxidar, por isso sempre observe atentamente se ela não está muito diferente antes de usar. 

Por fim, assim como nos preocupamos com a validade dos alimentos que ingerimos e com os efeitos que podem causar de dentro para fora, também é muito importante se atentar com o que faz o caminho inverso, ou seja, o que aplicamos de fora para dentro.

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