Inteligencia Artificial: A tecnologia revolucionando o consumo de beleza

Por aqui, já falamos sobre o impacto das redes sociais na beleza, mas o apelo da tecnologia no mercado – assim como em qualquer outro setor – vai além do feed.

A área da beleza está em uma constante evolução, e muito disso vem do fato de que quem consome cosméticos está cada vez mais atento às suas necessidades e particularidades. Pensando nisso, cada vez mais as marcas estão se utilizando dos avanços tecnológicos para oferecer soluções personalizadas e melhorar experiências.

A Inteligência Artificial, protagonista das atuais discussões sobre o futuro da moda e informação, também tem papel importante quando falamos de beauty tech. Ao lado de outras transformações, como a tecnologia aumentada e o avanço na pesquisa de dados, o progresso exponencial da ciência segue revolucionando a forma que experienciamos a beleza.

Como exatamente a tecnologia contribui para encontrarmos a rotina de skincare dos sonhos, o perfume ideal, ou até mesmo a inspiração perfeita de maquiagem?

Skincare customizada

Marcas globais L’Oréal Company e Estée Lauder já tem suas plataformas de personalização, que indicam os melhores cosméticos com base nas características escaneadas e coletadas. Já a empresa norte americana, Curology, oferece um serviço que coleta informações como descrição da pele, características, queixas e objetivos e os encaminha para uma consultoria com dermatologistas licenciados. Esse profissionais levam em conta não apenas os dados anteriormente passados, mas alimentação e clima da região habitada pelo cliente, para montar de uma rotina de cuidados com os produtos da marca.

Mas o uso da tecnologia não é exclusividade de marcas nascidas fora. Em 2022, a Natura lançou uma ferramenta digital que, por meio da Inteligência Artificial, faz uma análise completa e personalizada da pele. A solução veio a partir de um estudo de público, que identificou que uma das grandes dores dos consumidores é entender suas singularidades e comprar produtos ideias.

Analise personalizada da natura. Imagem: Divulgação

A solução é parecida com o Skin ID da Beyoung, que mapeia características para oferecer a melhor rotina de cuidados.

Maquiagem ideal

Outro gigante brasileiro, o Grupo O Boticário, desenvolveu o Projeto F.O.L.I.A, que conta com mais de 20 visuais de beleza criados pela ferramenta Mid Journey – desenvolvida em parceria com a IBM (International Business Machines Corporation, em tradução livre Corporação Internacional de Máquinas de Negóciostodas).

As maquiagens são criadas com base no mapeamento de gostos da comunidades de consumidores de Boticário e Quem Disse, Berenice, duas das maiores marcas do conglomerado. O portfólio de imagem conta ainda com banco de referências de produtos para reproduzir as maquiagens.

Perfumaria

Em 2019, o grupo citado acima ainda lançou o primeiro perfume criado por Inteligência Artificial. Por meio de cadastro de dados, fórmulas, bases de consumo e da própria história da perfumaria, a label conseguiu chegar em duas fragrâncias, “On You” e “On Me”. A criação foi feita por meio da plataforma Phylifa.

Desde então, outros perfumes foram lançados utilizando a mesma técnica. Até a empresa suiça, Firmenich, uma das maiores companhias de fragrâncias do mundo, entrou na tendência.

Pacco Rabanne criou o perfume Phantom com I.A e mapeamento neurocerebral para chegar em um produto que despertasse sensualidade e desejo. Imagem: Divulgação

A capacidade de entender notas e aromas, linkando-as a gostos, histórias e pesquisas, e principalmente a possibilidade de trazer sugestões únicas e impensadas, impressiona uma indústria que há muito tempo não experimenta revoluções grandiosas.

O futuro da beleza

Pensando em tudo que foi apresentado, fica um questionamento: é possível que os robôs substituam humanos em funções de criação e desenvolvimento? Ainda é difícil afirmar com certeza o papel do cérebro digital no futuro e a forma que será inserida na indústria, visto que diariamente são descobertas novas funções e possibilidades. A criatividade do ser humano ainda é válida e o consenso atual é que de nunca será 100% trocada. Hoje, a ideia é pensar em um ponto que cooperação que contribua para o desenvolvimento.

Podemos notar também que, apesar de qualquer robotização, os métodos tradicionais ainda são essenciais para completar o resultado. De coleta de dados, a campanhas de amplificação com pessoas reais e até a aprovação final do produto, o ser humano ainda está lá para chegar ao sucesso final. E falando de cuidados e tratamentos, a consulta de médicos não pode (e não deve) ser substituída.

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