Watchmen: O quadrinho que entrou no mundo real

Como o mundo seria com o aparecimento de justiceiros fantasiados e um ser que transcende os limites do possível? 

Essa é a premissa do quadrinho Watchmen, uma série limitada da DC Comics, que começou a ser publicada em 1986, escrita por Alan Moore (autor de V de Vingança e A Liga Extraordinária) e ilustrada por Dave Gibbons, que também ilustrou Juíz Dredd, Lanterna Verde, Superman e The Secret Service de Mark Millar – adaptado para o cinema como Kingsman: Serviço secreto.

Watchmen se passa nos Estados Unidos no período da Guerra Fria, mas com algumas diferenças do mundo real, alterando a realidade, os Estados Unidos vencem a Guerra do Vietnã, as baterias substituíram o petróleo e o mundo aparenta estar mais próximo de uma possível aniquilação mútua, tudo isso por conta de Dr. Manhattan, um ser humano que foi exposto a um experimento de remoção de campo intrínseco, que o tornou um ser além da compreensão, tendo entendimento de diversos eventos físicos e poderes sobre-humanos. Por conta de sua existência, os Estados Unidos viraram a balança da guerra fria a seu favor, mas isso é só o plano de fundo de Watchmen.

A história do quadrinho  começa mesmo com a morte de Edward Blake, o Comediante, um justiceiro fantasiado que participou dos dois grupos de heróis que existiram na história, os Homens-Minutos que atuaram na década de 40  e os Vigilantes que atuaram até 1977, quando o governo americano proibiu ações de vigilantismo após uma greve geral da polícia que levou a uma revolta civil. Com a morte de Blake, o único vigilante que continua na ativa, Rorschach, investiga o caso e entra em contato com os antigos companheiros por pensar que a morte de Comediante faz parte de uma grande conspiração para eliminar os antigos vigilantes.

Da esquerda para a direita: Ozymandias, Espectral, Dr. Manhattan, Coruja e Rorschach Foto: Reprodução

Os personagens de Watchmen, são muito inspirados nos personagens da Charlton comics, editora que na época tinha sido comprada pela DC Comics e no começo do projeto eram os personagens com quem os autores queriam trabalhar. O Dr. Manhattan por exemplo é inspirado no Capitão Átomo e o Comediante no personagem Pacificador, que aparece no filme Esquadrão Suicida e tem sua própria série, ambos dirigidos por James Gunn.

Por terem que criar personagens do zero, a história de cada um deles é densa e muito bem explorada, suas motivações, ideais e visões movimentam e geram vida para o mundo, mas ao mesmo tempo a realidade do mundo valida a formação deles. O quadrinho também explora a visão de mundo de pessoas que estão fora da realidade dos vigilantes, como por exemplo os dois Bernards, um sendo um jornaleiro e o outro um menino que vai a banca e passa o dia lendo um quadrinho sobre um náufrago, a partir da ótica do jornaleiro e de Bernie é possível ver como é a realidade daquela Nova Iorque e ter uma visão geral da situação mundial, já que Bernard sempre está falando sobre o que está acontecendo no mundo.

Apesar da leitura complexa, Watchmen é uma obra-prima dos quadrinhos, pois consegue criar algo único, um mundo que mostra as consequências internacionais, psíquicas e sociais de seres que ultrapassam a humanidade, além de revirar a ideia e o conceito de o que são os heróis e ter levado os quadrinhos para uma direção mais adulta junto com outros quadrinhos como Batman: O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller e Maus de Art Spiegelman.  Watchmen de Alan Moore e Dave Gibbons com certeza é uma leitura obrigatória para qualquer pessoa que se interesse pela nona arte.  

Fórmula 1 começa quente com vitória de Max Verstappen: veja o que aconteceu na pré-temporada

A espera acabou, depois de quatro meses a fórmula 1 voltou neste domingo. Com o fim da pré temporada de 2023 é bom revisar o que aconteceu na sessão de treino na pista internacional do Bahrein, em Sakhir e no lançamento dos carros para 2023.

Lançamento dos Carro 2023 

Entre o dia 31 de janeiro e 16 de fevereiro, as 10 equipes revelaram seus carros para esse ano, as duas maiores diferenças entre os modelos do ano passado e os atuais está no preto como cor secundária do carro, isso porque a FIA, federação internacional de automobilismo, queria diminuir o peso máximo dos carros de  798 kg para 785 kg, porém por conta de pressões das equipes esse peso não foi alterado, contudo, diversos carros não tiveram suas partes de fibra de carbono pintadas para reduzir o peso, a outra mudança o aumento de 15 mm no assoalho do carro para evitar “bounces” que ocorreram em carros como o da Mercedes no ano passado.

foto: divulgação

A primeira a lançar seu carro foi a Haas, que apostou no preto e branco como cores principais, além de tirar as cores da Rússia do bico de seu monoposto VF-23.

foto: divulgação

O segundo lançamento foi da Red Bull que anunciou o carro deste ano praticamente igual ao modelo anterior.

foto: divulgação

A Williams seguiu o mesmo estilo do ano passado em seu FW-45, utilizando triângulos e tons de azul.   

foto: divulgação

A Alfa Romeo trocou o branco pelo preto como uma das cores principais no seu carro deste ano, o C43.  

foto: divulgação

A AlphaTauri inverteu a sequência de cores de seu carro mas manteve a ideia geral do ano passado.

foto: divulgação

Com a MCL 60, carro que comemora os 60 anos do time, a Mclaren mantém a mesma proposta de pintura do ano passado, mas com um redução de peso.

foto: divulgação

No carro deste ano, o AMR23, a Aston Martin manteve o padrão e formato da pintura do ano passado, mas aumentou as regiões de fibra de carbono exposta, o que diminui o peso do carro.  

A Ferrari manteve a clássica cor vermelha do seu carro, mas tirou a tinta de algumas regiões do carro, deixando a fibra de carbono exposta em boa parte do chassi. 

foto: divulgação

Depois de voltar a cor prata, um clássico da Mercedes, o time decidiu voltar ao preto usado na penúltima e antepenúltima temporada, porém diferente dessas vezes, onde a cor era parte de uma campanha anti-racismo, a Mercedes foca em diminuir o peso, reduzindo em muito as áreas pintadas de seu carro, o W14. 

foto: divulgação

Por fim, a Alpine anunciou que irá correr com duas cores, um todo rosa e um que tem o azul e preto como cores principais.

Treino de pré-temporada em Bahrein

Por fim para encerrar o período de pré-temporada de 2023, o treino do circuito de Bahrein, ocorreu do dia 23 ao dia 25 de fevereiro e contou com a primeira real aparição dos carros desse ano, além de dar uma ideia de como será o começo da temporada mais longa da história da fórmula 1, contando com 23 corridas.

O brasileiro Felipe Drugovich, vencedor da Fórmula 2 e piloto suplente da Aston Martin, correu no lugar de Lance Stroll, já que o corredor canadense quebrou ambos pulsos em um acidente de bicicleta, além disso a Aston Martin teve um desempenho surpreendente com Fernando Alonso, que conseguiu ter o segundo melhor tempo do treino, ficando atrás apenas do bicampeão, Max Verstappen, mostrando que a equipe pode correr com qualidade contra os carros do topo da tabela.

Das grandes Scuderias, a Ferrari ainda mantém a segunda posição, caçando a Red Bull com Leclerc e Carlos Sainz, que ficaram em terceiro e quarto lugar no treino, a Mercedes teve um treino singelo, tendo Hamilton terminando em sexto e George Russell terminando em nono. 

Grande Prêmio de Bahrein

Na corrida deste domingo (5), a Red Bull conseguiu se impor e garantiu os dois primeiros lugares no pódio, com Verstappen em primeiro e Perez em segundo, logo atrás ficou Fernando Alonso, piloto da Aston Martin que provou as expectativas do carro deste ano, em quarto e quinto lugar ficaram Carlos Sainz da Ferrari e Lewis Hamilton da Mercedes.