A história do Oscar

Neste domingo, 27 de março, a 94ª edição do Oscar, a premiação de cinema mais famosa que existe, aconteceu em Los Angeles, nos Estados Unidos, no tradicional Dolby Theatre. O evento anual é apresentado por uma organização profissional sem fins lucrativos, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, onde os melhores filmes do ano são homenageados. A Academia, sediada em Beverly Hills, foi fundada em 11 de maio de 1927 e teve sua primeira cerimônia realizada em 1929. Hoje, o Oscar é um evento multimilionário transmitido ao vivo pela televisão para mais de 200 países, tornando-se assim um dos maiores eventos midiáticos do mundo.

Louis B. Mayer, um dos fundadores da Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), criou a Academia, porém, um dos principais atores norte-americanos do começo do século XX, Douglas Fairbanks, foi eleito o primeiro presidente da associação. Assim, em 16 de maio de 1929, à noite, membros da Academia e 270 convidados, encheram o Blossom Room por somente 20 minutos, no Hotel Roosevelt, para honrar as realizações cinematográficas mais proeminentes de 1927 e 1928.

Apesar da extrema crise econômica causada pela queda da bolsa de valores de Nova York, que deu inicio à Grande Depressão, a indústria cinematográfica passava por uma mudança dramática na época ao introduzir som pela primeira vez em um filme, O Cantor de Jazz (1927). Nesse momento, a indústria gozava de várias produções que movimentaram o evento, porém filmes sonoros de muito sucesso – que lançaram antes do primeiro Oscar – não foram considerados, porque foi visto como injusto compará-los a filmes mudos.

O primeiro vencedor do Oscar foi o ator suíço Emil Jannings, que ganhou o prêmio de Melhor Ator por seus papéis em dois filmes mudos, O Último Comando (1928) e O Caminho de Toda a Carne (1927). O romance Asas (1927), dirigido por William A. Wellmen e ambientado durante a Primeira Guerra Mundial, ganhou o primeiro Oscar de Melhor Filme.

Emil Jannings, nome artístico de Theodor Friedrich Emil Janenz [Imagem: Reprodução/Correio Braziliense]

Uma estatueta dourada do Oscar é uma conquista sublime na carreira de cada diretor, ator ou atriz, compositor ou qualquer outra pessoa envolvida no processo de criação de um filme. O cobiçado troféu tem 34 cm de altura e é revestido com uma fina camada de ouro de 24 quilates, enquanto seu peso de 3,8 kg vem de seu interior de bronze maciço.

Em 1927, Cedric Gibbons, diretor de arte da MGM, projetou o gráfico que serviria de base para a estatueta: um cavaleiro em pé segurando uma espada de modo protetor na frente de um rolo de filme com cinco raios. O rolo simbolizava a indústria cinematográfica e os raios representavam os cinco ramos originais da Academia.

No ano seguinte, Gibbons designou o escultor George Stanley para realizar seu projeto e desde então o design não sofreu mudanças significativas até hoje, nos mais de 90 anos em que já foi entregue, apenas durante a escassez de metal na Segunda Guerra Mundial, quando as estatuetas foram feitas de gesso pintado com tinta dourada. Após o conflito, o gesso foi trocado por metal banhado a ouro, que é como conhecemos hoje a estatueta do Oscar.

As estatuetas do Oscar nos bastidores durante a entrega do troféu em 28 de fevereiro de 2016 [Imagem: Reprodução/The Hill]

Segundo o jornal NY Post, desde que a primeira premiação aconteceu, mais de 80 Oscars foram roubados ou perdidos. Apenas 11 deles nunca foram encontrados – a maior parte das estatuetas foi achada em lixeiras ou catálogos de leilões, retornando para seus vencedores. O maior roubo da história do Oscar ocorreu em 2000, quando uma encomenda com 55 pequenas estátuas ainda não preenchidas com o nome de seus vencedores foi roubada por funcionários da empresa que transportava os prêmios de Chicago à Califórnia.

As origens do nome da estatueta são incertas, mas uma história popular diz que a diretora executiva Margaret Herrick pensou que a estátua se parecia com seu tio Oscar e então a equipe começou a chamar a o prêmio assim. Outra versão diz que a atriz Bette Davis o teria apelidado assim, dado a semelhança da estatueta com seu primeiro marido, Harmon Oscar Nelson. De qualquer maneira, até hoje esse apelido é o nome pelo qual o Prêmio da Academia é conhecido mundialmente.

Em 1953, o Oscar passou a ser uma atração televisionado e, a partir disso, ganhou cada vez mais projeção e status. Atualmente, o evento é transmitido ao vivo para diversos países, mas a Academia sempre está se equilibrando na corda bamba que é manter bons números de audiência. Assim sendo, a Academia está constantemente em busca de entregar modificações que garantam o interesse na premiação, principalmente aos expectadores mais jovens, como por exemplo o acréscimo de categorias, como a de Melhor Filme Estrangeiro visando a internacionalização do prêmio, e as aguardadas apresentações musicais.

Lady Gaga e Bradley Cooper foram o assunto do Oscar de 2019 após fazerem apresentação emocionante no palco da premiação [Imagem: Reprodução/G1]

Em 2019, a audiência do Oscar, somente nos Estados Unidos, atingiu quase 30 milhões de espectadores. A cerimônia de 1998 ainda mantém o recorde da maior audiência da História dos Prêmios da Academia, na qual foi registrado que 57 milhões de pessoas assistiram ao evento.

Os filmes nomeados para concorrer, assim como a escolha dos vencedores do prêmio, são decididos pelos membros da Academia. Na primeira cerimônia do Oscar, apenas 26 membros compunham a Academia. Hoje, presume-se que o número de membros seja de cerca de 8500 pessoas, mas apenas duas categorias são abertas ao voto de todos: Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro. As demais categorias necessitam de exímio conhecimento para que haja uma avaliação mais crítica, como por exemplo na categoria Melhor Documentário.

Embora a primeira cerimônia do Oscar tenha acontecido no final da década de 1920, muitas mudanças só aconteceram recentemente, como a composição dos membros da Academia. A indignação generalizada do público para que a Academia diversificasse sua composição de homens brancos e velhos e incluísse mais jovens, mais mulheres e mais pessoas de cor repercutiu-se e, felizmente, mostrou resultado nos últimos anos. Até 2012, as estatísticas revelavam que 94% dos membros da Academia eram brancos, 77% eram homens e mais de 50% tinham idade superior a 60 anos.

O procedimento de premiação também mudou. No primeiro Oscar, os convidados já sabiam quem eram os vencedores e, além disso, desembolsaram cinco dólares para possuir o privilégio de participar da cerimônia. No entanto, no próximo ano, a Academia decidiu criar uma sensação de suspense e, em vez disso, enviou de antemão uma lista dos vencedores aos jornais, com publicação embargada até às 23h da noite da cerimônia.

Esse sistema permaneceu em vigor pelos por 10 anos, mas em 1940, o jornal Los Angeles Times, popularmente referido como Times ou LA Times, quebrou o embargo e anunciou os vencedores em sua edição noturna, o que significa que os indicados descobriram seu destino antes de comparecer ao evento. Por isso, em 1941, o sistema do famoso envelope lacrado foi finalmente introduzido e os resultados tornaram-se um segredo bem guardado.

O método do envelope funcionou muito bem até 2017, quando uma confusão nos bastidores causou um embaraçoso anúncio falso: o musical La La Land: Cantando Estações (2016) foi erroneamente declarado como Melhor Filme. Apenas após a intervenção dos organizadores, o prêmio foi entregue para o vencedor correto, a equipe criativa por trás do drama Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016).

Momento histórico da gafe do Oscar de 2017 em que os envelopes de Emma Stone e Moonlight foram trocados [Imagem: Reprodução/Observador]

No decurso dos 90 anos de história do Oscar, algumas produções e artistas do Brasil concorreram em várias categorias. A última vez aconteceu em 2020, quando Democracia em Vertigem (2019), dirigido por Petra Costa, concorreu na categoria Melhor Documentário. Entretanto, antes disso, O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O que é isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1998) já disputaram na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

Cidade de Deus (2004) e O Beijo da Mulher-Aranha (1986) receberam quatro indicações cada um. Contudo, o momento mais memorável para o país provavelmente fora a indicação de Fernanda Montenegro, em 1999, como Melhor Atriz, por Central do Brasil (1998), mesmo que a vencedora tenha sido a atriz Gwyneth Paltrow, por sua atuação em Shakespeare Apaixonado (1998).

A cerimônia do Oscar de 2022 não fugiu das mudanças trazidas pela pandemia de coronavírus, do domínio das mídias sociais, do decréscimo de consumo da televisão (graças em parte às mídias sociais), do surgimento de plataformas de streaming de grande sucesso e da cultura do binge-watching. Entretanto, a Academia, assim como a indústria cinematográfica que o Oscar celebra anualmente, foi resiliente e primorosa em readaptar-se de acordo com a necessidade do momento.

O Prêmio da Academia retornou ao Dolby Theatre após uma cerimônia reduzida no ano passado com convidados que respeitavam o distanciamento social e medidas de proteção, sem a presença do público. Neste ano, o evento não teve mais uma vez a presença do público, mas teve a presença exclusiva dos indicados e de seus acompanhantes e, pela primeira vez na história, um trio feminino comandou a cerimônia: Regina Hall, Amy Schumer e Wanda Sykes. Ademais, o Oscar não tinha anfitriões desde 2018, quando Jimmy Kimmel exerceu a função – as atrizes de Descompensada, Família Upshaw e Todo Mundo em Pânico retomaram à tradição após quatro anos.

A nova era do cinema: a influência da pandemia no desenvolvimento e sucesso dos streamings

Por Vitória Geremias

A pandemia causada pelo Coronavírus em 2020 foi devastadora e mudou a rotina de todo mundo. As pessoas não podiam sair de casa, ver amigos ou passear. Compras só no mercado ou farmácia. A economia obviamente saiu afetada dessa história, e o mercado do entretenimento também. Entretanto, nesse cenário, já havia uma figura que vinha ganhando atenção, e agora, viria a ter ainda mais destaque.

Em 2011 chegou ao Brasil uma das primeiras plataformas de streaming, a Netflix. Hoje com um estúdio de produção próprio e diversas premiações da Academia, pode-se dizer que a plataforma criou um legado e revolucionou a sétima arte. No Emmy de 2021, a Netflix liderou a noite de premiações, deixando ainda mais clara sua influência e poder nas produções para televisão.

Nas categorias de Drama, a série “The Crown” levou todas as estatuetas principais, com Olivia Colman como Melhor Atriz, Josh O’Connor como Melhor Ator, Tobias Menzies como Melhor Ator Coadjuvante, Gillian Anderson como Melhor Atriz Coadjuvante e Claire Foy como Melhor Atriz Convidada, além dos prêmios de Melhor Série de Drama, Melhor Roteiro e Melhor Direção. O serviço de streaming também foi premiado nas categorias de Série Limitada por “O Gambito da Rainha”, levando as estatuetas de Melhor Série e Melhor Direção. Para mais detalhes sobre a noite de premiações, acesse o link do guia Melhores Momentos do Emmy 2021, no Instagram da Frenezi.

Olivia Colman com o prêmio de Melhor Atriz Principal por The Crown, da Netflix. [Imagem: https://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv/emmy-2021-coroa-the-crown-ted-lasso-o-gambito-da- rainha-veja-lista-de-vencedores-1-25204269]

Com o sucesso da Netflix, hoje o mercado de streaming é muito variado. Foi durante a pandemia que grandes estúdios, como a Disney, resolveram criar suas próprias plataformas para abrigar seus antigos filmes e séries, além de trazer novas produções exclusivas. Outros gigantes da produção audiovisual também aproveitaram a repercussão para aprimorar seus serviços digitais, como fizeram com a HBO Max – a melhor e mais completa versão da antiga HBO Go – e, no Brasil, o Grupo Globo, com a plataforma Globoplay.

Nesse panorama, em 2021, a plataforma Disney+ trouxe séries exclusivas em parceria com a Marvel Studios. O pioneiro “WandaVision”, indicado a 5 Emmys, incluindo de Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Ator em Minissérie, foi seguido por “Falcão e o Soldado Invernal”, “Loki”, “What If…?” e “Gavião Arqueiro”. O sucesso das minisséries no streaming surpreendeu os executivos e animou os fãs da Marvel após um ano de hiato devido a pandemia.

Pôster da série “WandaVision”, disponível no Disney+. [Imagem: https://olhardigital.com.br/2021/03/05/videos/wanda-vision-final-da-serie-aponta-para-3-producoes- do-universo-marvel/]

Ainda seguindo a grande quantidade de inovações que o mercado de streaming trouxe, a Disney+, na tentativa de potencializar sua plataforma, tentou trazer estreias paralelamente ao cinema, o que se mostrou uma experiência polêmica e sem muito sucesso. Com títulos como “Mulan”, “Cruella”, “Raya e O último Dragão” e “Viúva Negra”, a empresa testou o Premier Access, uma taxa adicional dentro do próprio streaming, com o intuito de trazer estreias do cinema simultaneamente para dentro de casa.

Além do preço de R$69,90 que não agradou os usuários, a empresa também arranjou problema com a estrela da Marvel, Scarlett Johansson. A atriz, que foi prejudicada financeiramente com a decisão da Disney, decidiu entrar com um processo por uso indevido de imagem. A protagonista de “Cruella”, Emma Stone, estava avaliando seguir os mesmos passos de Johansson contra a empresa.

Segundo a Disney, o intuito era trazer a ferramenta como uma sala de cinema particular, para evitar que seus usuários se deslocassem ao cinema em meio a pandemia. Entretanto, essa decisão se mostrou polêmica pois prejudicava os cinemas, que já estavam passando por um momento conturbado, e aparentava apenas fins lucrativos, visto que o preço cobrado já era além da assinatura do streaming. Após as controvérsias e a insatisfação dos assinantes, a Disney encerrou o Premier Access.

Scarlett Johansson em “Viúva Negra”, disponível no Disney+. [Imagem: https://www.legiaodosherois.com.br/2021/viuva-negra-scarlett-johansson-processa-a-disney.html]

O cinema foi muito prejudicado no ano de 2020, mas com a tecnologia de transmissão de vídeo, as pessoas ainda tiveram uma variedade de entretenimento audiovisual disponível nas plataformas. Desde então, cada streaming vêm se destacando por conteúdos diferentes.

A produção da Netflix é incansável, todo mês há uma grande quantidade de títulos que entram e saem da plataforma, tendendo a abrir espaço para mais obras originais. A HBO também está apostando em mais projetos próprios, mas diferentemente da Netflix, a plataforma vem se dedicando aos revivals, ou seja, produções novas de histórias que já são conhecidas – Gossip Girl, Sex and the City e Harry Potter são alguns exemplos que estão sendo revividos pela plataforma. Já a Globo, que trouxe suas famosas novelas para o streaming, está focando em produções derivadas das mesmas, como “Verdades Secretas 2” e “As Five”. O Prime Video, entretanto, se mostrou muito diferente de seus concorrentes, com a opção de assinar mais canais dentro da própria plataforma, o serviço de streaming expande as possibilidades do usuário ao garantir frete grátis nas compras feitas pelo site da Amazon, acesso gratuito ao Amazon Music, Kindle Unlimited por três meses além de download grátis de alguns eBooks.

O streaming foi conveniente para a pandemia e, de certa forma, salvou o entretenimento audiovisual, mas será que sua presença, dessa vez mais predominante, é uma ameaça ao cinema no caminho de volta à normalidade? A preocupação também atinge as obras nacionais e produções independentes, visto que os streamings representam um monopólio dos grandes estúdios, em sua maioria de origem estadunidense. Mas, ao mesmo tempo em que intimida, visto que pode significar supremacia das plataformas, essa tecnologia é também uma maneira de alcançar outros públicos e expandir a cinematografia.
E, apesar do receio, recentemente mostrou-se que o retorno do cinema não será um problema, pois o sucesso do novo filme “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” demonstrou que é possível manter uma relação paralela com os serviços de streaming. Com a bilheteria mundial batendo recorde de 1 bilhão de dólares apenas 10 dias após o lançamento, o novo filme do herói provou que, ir ao cinema, se tornou muito mais do que apenas assistir a um filme, pois a combinação de telas de alta definição, som imersivo e plateia interativa, é uma experiência que não se pode ter em casa.

Recorte do poster de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”. [Imagem: https://estacaonerd.com/homem-aranha-3-filme-atinge-bilheteria-de-us-1-bilhao-de-dolares-apos-10- dia-confira/]

Entretanto, a demasia de plataformas vêm incomodando alguns usuários. Além de surgir uma certa guerra comercial, para uma pessoa que ama cinema, é quase que necessário adquirir todos os streamings para poder ter acesso às produções de sucesso, o que está se tornando inviável para a maioria dos cinéfilos.

No intuito de ajudar os leitores amantes de cinema e TV, a Frenezi trouxe um infográfico sobre cada plataforma, a fim de servir como consulta antes de assinar um serviço de streaming.

A pandemia afetou diretamente o cinema e as plataformas de streaming serviram de apoio para todos os amantes da sétima arte. O futuro do entretenimento audiovisual agora é compartilhado entre os dois, e promete ainda mais qualidade, além de expandir o mercado cinematográfico com uma tecnologia que aproxima e traz mais pessoas para o entretenimento do cinema e da televisão.

O impacto financeiro do período natalino no mercado da moda

Esta talvez seja a época mais aguardada do ano, seja por jovens e crianças que escrevem centenas de cartas ao ‘’bom velhinho’’ ou seja por quem economiza o ano inteiro para 一 neste período 一 conquistar ou adquirir aquele item que tem estado na lista de desejos por longos meses. No entanto, além de sua importância religiosa, os festejos de Natal operam inclusive como um dos principais feriados àqueles que circulam e atuam dentro do mercado lojista, dentre eles, o ramo da moda. 

Imagem retirada do Pinterest.

Historicamente, acredita-se que o Natal tenha suas origens enraizadas nos festejos pagãos realizados no período da Antiguidade. Nesta data (25), os romanos celebravam a chegada do inverno 一 ou solstício de inverno 一 e adoravam ao Deus do Sol (natalis invicti Solis), além de realizarem festividades que compreendiam em celebrar o conceito de renovação. Entretanto, ao longo dos anos, o feriado de Natal, solenizado anualmente em 25 de Dezembro, passou a ser popularmente conhecido e designado como uma data religiosa cristã, que busca celebrar o nascimento do menino Jesus. 

Este ciclo, que para o Cristianismo tem uma duração de cerca de 12 dias, ao longo dos anos e conforme a globalização ganhasse força e representasse a grande expansão do mercado econômico, político e industrial a nível mundial, passou a ser fortemente atribuído a um período festivo, marcado pela época de largada da temporada de fim de ano 一 que além da celebração do Natal também compreende o feriado de Ano Novo, realizado anualmente no último dia de Dezembro (31) e do ano 一 e a englobar o início do período de férias, assimilado a um dos fatores excepcionais para o aumento do consumo e movimentação do mercado referentes a estas datas. 

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Dentre os mercados beneficiados pela movimentação de capital nesta época está o setor da moda, que inclui áreas como a consultoria de imagem, figurinismo, ilustração de moda, marketing e produção de moda, além do famigerado estilismo (design) de moda 一 uma das principais, senão a principal área da moda, responsável pelo desempenho da criação e desenhos de peças e acessórios para o consumo pessoal. Isto porque, além de seu significado literal de nascimento e celebração, o período de Natal ainda assinala uma atmosfera de grande otimismo para o mercado, pois é apontado como o período de maior compra entre os clientes. 

Todavia, apesar do otimismo marcado pelas celebrações de fim de ano, a realização de eventos como a Black Friday 一 sinalizada como uma data que pretende reunir produtos em ações promocionais, com o intuito de atrair mais consumidores 一 e o próprio marketing digital das empresas são cruciais para que no período compreendido entre os últimos meses ‘’úteis’’ do ano haja um aumento significativo no consumo. Nesta última etapa do ano é mais que comum encontrar anúncios e propagandas apresentando produtos com preços reduzidos e ainda incorporados em excelentes estratégias de marketing, que além de atraírem aos consumidores conseguem alcançar seu objetivo pretendido: a compra. No Brasil, por conta destes descontos promocionais, o faturamento deve aumentar em 18% no ano de 2021 e alcançar cerca de R$ 6,1 bilhões, segundo um balanço realizado pela Neotrust. O número sinalizado inclui o setor de varejo de moda.

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No setor internacional o cenário não é diferente, visto que o consumo cresce gradativamente nesta data que compreende a realização de eventos como a Black Friday. Somente nos Estados Unidos 一 local de origem da promoção do evento 一, a data consiste como abertura da maior temporada de consumo do país, em que o faturamento às vezes chega a circular entre os US$ 617 bilhões. 

Voltando ao cenário brasileiro, em uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) em dezembro de 2020, o cenário comprova o quanto a época é a mais aguardada para o varejo de moda. No balanço apresentado, cerca de 67% das empresas associadas reportaram um maior desempenho no mês de novembro 一 antecedente ao mês natalino 一 em suas lojas físicas, se comparadas ao mês anterior (outubro). Em totalidade, cerca de 25% das associadas não identificaram uma piora ou melhora, enquanto 8% registrou uma piora no cenário de vendas. Segundo o diretor-executivo da Associação, Edmundo Lima, as roupas, calçados e acessórios ocupam o topo entre os itens mais procurados pelos clientes antes do Natal.

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Contudo, apesar deste intervalo 一 compreendido entre as datas referentes aos feriados de fim de ano 一 simbolizar o aumento no giro capital e no mercado financeiro da moda, a indústria tem passado por maus bocados durante os últimos 18 meses, em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Por conta da existência de demasiadas restrições, todas as lojas tiveram que fechar suas portas provisoriamente para o atendimento presencial de seus clientes. Porém, o fechamento dos espaços físicos não foi o único problema encontrado pelos donos, diretores criativos e empresários do ramo da moda. O ‘The State of Fashion 2021’, um relatório realizado pela McKinsey em parceria com o Business of Fashion (BoF), sugeriu que o lucro do setor (moda) possivelmente decaiu cerca de 93% somente no ano de 2020, após um aumento de 4% em 2019. 

The State Of Fashion 2021 – BOF.

Ainda que a porcentagem seja assustadora, o impacto da pandemia especialmente no setor da moda serviu como uma desaceleração que possibilitou que diversas marcas e empresas pudessem reformular todo o seu modelo de negócios, desde o processo de criação, estratégias de marketing digital e rebranding 一 ato de ressignificar a imagem de uma empresa 一 que pudessem alavancar as vendas das companhias em tempos tão sombrios. Ou seja, a fase reclusa foi fundamental para impulsionar as marcas a se reconectarem com o presente e repensarem sua distribuição nos meios digitais, que vieram a emplacar de maneira significativa no ano anterior à ocorrência da pandemia (2019). 

Colagem com o logo da Bottega Veneta e a conta do Instagram não achada mais da marca.

Partindo deste princípio e considerando principalmente o momento atual em que a sociedade atravessa globalmente, é importante frisar a importância e relevância do otimismo atribuídas ao período natalino, visto que esta época é apontada como a de maior crescimento no faturamento da indústria e setores da moda e uma vez que, através do futuro incerto e inseguranças 一 projetadas pela pandemia 一 tendem a perdurar no mercado por pelo menos mais alguns meses, talvez este momento de flexibilização das medidas restritivas neste período que insere os festejos do Natal, seja a brecha fundamental pela qual o mercado financeiro possa respirar, ao menos por alguns dias, do baque e lapso causados pelo momento pandêmico. 

Imagem retirada do Pinterest.

O crescimento do E-Commerce e dos pequenos negócios durante a pandemia

Durante a pandemia do Coronavirus, as taxas de desemprego aumentaram consideravelmente no Brasil. Com isso, muitas pessoas se tornaram autônomas e, por esse motivo, houve o crescimento dos pequenos empreendimentos nesse período.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a taxa de desocupação no país subiu de 7,9% em 2012 para 14,7% em 2021. Algumas regiões como Sudeste e Nordeste chegaram a atingir, respectivamente, 15,2% e 18,6% na sua taxa de desocupação.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Devido ao fechamento e a quebra dos comércios durante o lockdown, os brasileiros decidiram sediar seus negócios em plataformas digitais, levando em consideração os benefícios que esta oferece. Em entrevista, a empreendedora Isabela Guedes, dona do Empadinhas da Isa (@empadinhasdaisa), conta que um dos motivos para a abertura da sua loja foi obter uma renda extra.

“A pandemia veio e pegou todos nós de surpresa. Eu havia começado a vender as empadinhas no colégio, após minha mãe me ensinar a fazê-las. Com a pandemia eu não pude continuar e foi aí que pensei em criar um Instagram e expandir as empadinhas. Foi aí que eu criei o Empadinhas da Isa”, disse a empreendedora.

Com todos os empecilhos que o confinamento trouxe, ela afirma que tinha suas dúvidas quanto ao seu empreendimento.

“No início era incerto e duvidoso, eu tinha medo de não dar certo, mas fluiu tudo bem no início. Tive meus momentos de pensar em desistir, pois ter/manter um negócio, por menor que seja, não é nada fácil”, conta Isabela.

Entretanto, segundo o Relatório E-commerce no Brasil da agência Conversion, o comércio eletrônico registrou, em outubro de 2020, 1,28 bilhão de acessos. O resultado demonstrou um aumento de 9,7% comparado ao mesmo período de 2019, isso apesar da reabertura das lojas físicas em todo o país.

“Não esperava o crescimento que tive, fiquei surpresa com a quantidade de pessoas que eu conquistei como cliente”, explicou a CEO sobre o retorno que obteve do seu projeto.

A visão do consumidor

Graças a evolução da tecnologia, hoje é possível encontrar de tudo a apenas um toque de distância. Conhecido como e-commerce, o comércio eletrônico ganhou destaque nos últimos anos por causa da falta de acessibilidade a shoppings e lojas em virtude da pandemia.

Com destaque para o setor de importados (+91,72%), a Shopee, sozinha, teve em março de 2021 a maior taxa de crescimento da categoria, atingindo +1954%, em comparação a 2020.

Reprodução: Conversion

O estudante de publicidade e comprador assíduo da plataforma, Rafael Rabelo, conta que hoje em dia faz muito mais compras em e-commerces do que em lojas físicas.

“A Shopee e outras plataformas oferecem preços melhores, um catálogo maior de produtos com qualidade, fora as ofertas e cupons disponíveis e também boa velocidade de entrega”, disse o publicitário.

Hoje em dia muitos brasileiros têm preferido fazer suas compras online, uns por maior comodidade, outros pela vastidão de opções.

“Esse novo modelo facilita muito a procura de produtos, você consegue comparar preços mais facilmente em vários lugares diferentes, além da comodidade de pode fazer isso de casa, sem precisar passar horas na rua buscando o que precisa”, explicou Rafael.

A nova empreitada das estrelas

Enquanto 2021 foi um ano financeiramente difícil para muitos, para as celebridades foi um ano de grandes investimentos. Seguindo a tendência que se iniciou em 2020, neste ano mais estrelas entraram no ramo da beleza com marcas de maquiagem e skincare. Esse fenômeno teve seu auge graças a pandemia, que permitiu às celebs mais tempo livro de seus projetos principais para dedicarem-se ao empreendedorismo. Outro fator que acarretou nesse boom de marcas assinadas por famosos foi o teor de autoconhecimento proporcionado pelo isolamento social, que leva a novas descobertas de beleza.

Parece que a expressão “Se a Rihanna usou, não é mais feio” se transformou em “se a Rihanna empreendeu na beleza, eu também posso!”. Algumas celebridades como Kylie Jenner (Kylie Cosmetics) e a modelo Miranda Kerr (KORA Organics), já eram conhecidas justamente por conta de sua associação a assuntos da área da moda, beleza e estética. Já outras, como a atriz Drew Barrymore (Flower Beauty) e a cantora da banda Paramore, Hayley Williams (Good Dye Young) são nomes que causam surpresa ao surgirem na lista. Isso nos leva à reflexão sobre como a indústria da beleza tornou-se uma atrativa área de investimentos por conta da constante busca da sociedade pelo “belo”, sendo ainda mais vantajoso para as celebridades que usam de sua fama e capacidade persuasiva quase instantânea para atrair multidões e transformá-las em consumidoras de seus produtos. 

Entretanto, esse movimento não é necessariamente surpreendente. Muitas das celebridades que empreendem no mercado da beleza já apresentavam um histórico de colaborações com as grandes marcas de beleza, como Sephora e Mac. Os grandes nomes do mercado sempre investiram na criação de linhas assinadas por celebridades como forma de impulsionar suas próprias vendas, graças às legiões de fãs e seguidores influenciadas por elas. O sucesso e retorno financeiro que acompanha essas colaborações levou as estrelas a tomarem as rédeas e fazerem isso por conta própria, gerando um benefício próprio sem a necessidade de carregar o nome de outras empresas consigo.

O mercado de beleza movimenta bilhões de dólares por ano, e seu crescimento é exponencial. Portanto, é possível observar que o envolvimento de nomes famosos na indústria não é somente baseado no interesse genuíno pelo universo. É possível observar esse fator no crescimento de celebridades que passaram a investir no mercado de skincare – que não está tão saturado quanto o de maquiagens -, como Hailey Bieber que planeja lançar sua própria marca de cuidados para pele, Rhode, em 2022.

Hailey Bieber responde sobre o lançamento de sua marca de skincare.
Video: Hailey Bieber/Youtube
Rebranding Kylie Cosmetics como cruelty-free e vegano.
Imagem: Kylie Cosmetics

Além disso, muitos dos compradores não são necessariamente levados a comprar os produtos graças à uma afeição autêntica pela indústria, e sim pela celebridade que os vende. O grande império de beleza de Kylie Jenner, Kylie Cosmetics, só se tornou cruelty-free e vegano em 2021, o que mostra que o desinteresse do público em saber a procedência dos itens. Esse consumo de beleza impulsionado pelo fanatismo pode ser extremamente prejudicial ao mesmo ambiente e à indústria em si, ocupando o espaço de marcas preocupadas em trazer os melhores resultados enquanto seguem se preocupando com todos os fatores envolvidos no processo – mas que não possuem um nome famoso para tornar a marca bilionária.

Kylie Jenner e o impacto no mundo da beleza

“Rise and Shine”… Kylie Jenner é conhecida mundialmente por ser uma empresária no ramo da beleza, podendo ser considerada como uma das melhores marcas do mercado hoje em dia.

Essa grande personalidade faz parte do clã Kardashian-Jenner, que ficou muito conhecido devido ao reality Keeping Up With The Kardashians. Nesses últimos 14 anos – conforme durou o programa – as irmãs foram uma febre coletiva, ditando regras ao redor do mundo, como a sobrancelha arqueada, contorno do pó translúcido, o brilho interno que surge do corretivo cuidadosamente delineado, lápis de lábios neutros e finalizado com um gloss marrom transparente. 

Toda essa influência da família pode ser pautada nas tendências das cirurgias plásticas, nas categorias de produtos de beleza e nas vendas de revistas, até porque todas as irmãs desenvolveram trabalhos e empresas no ramo, incluindo as mais novas, Kendall por exemplo trabalha como modelo, e Kylie criou empresas no ramo dos cosméticos.

As irmãs Kardashian-Jenner e a matriarca: Kim, Kourtney, Khlóe, Kendall, Kylie e a Kris Jenner
[Imagem: Reprodução/Instagram]

Império Kylie Cosmetics

A Kylie Cosmetics é uma das atuais marcas de maquiagem no mercado, mas ninguém esperava que esse projeto se desenvolvesse através das próprias inseguranças de Kylie. Em um dos episódios do seu reality-show, Life of Kylie, ela conta que beijou um menino e ele reclamou dos seus lábios, dizendo que eram finos demais.

Essa crítica levou Kylie a desenvolver uma técnica com maquiagem, que faz os lábios parecerem maiores. Definitivamente, a empresária chamou atenção para seus lábios durante o red carpet do Billboard Music Awards em 2014, onde aparece usando um batom matte marrom-claro, e meses depois, no American Music Awards, foi fotografada com um batom vermelho escuro. Durante essa época, foi questionada de ter realizado algum preenchimento labial, o que só foi confirmado no ano seguinte, devido à insegurança que a celeb sentia.

Em 2015, foi lançado o Lip Kit By Kylie, um conjunto de batom líquido e delineador labial. Kylie informou através do Instagram que esse projeto estava em desenvolvimento a algum tempo, e que visitou fábricas e conversou com químicos para criar o produto. Inclusive, eles foram um grande sucesso, esgotando rapidamente. Dois anos depois, a marca foi renomeada para Kylie Cosmetics, e trouxe novos itens de maquiagem, como iluminador e sombra de olhos.

Durante uma entrevista à Vogue Austrália, Jenner contou que usou da insegurança para criar um novo modelo de negócio e que realmente ficou fissurada em como o batom a fazia se sentir bem: “Eu fiquei obcecada em assistir tutoriais e em fazer minha própria maquiagem. Foi assim que tudo começou”.

Atualmente, o Instagram da Kylie Cosmetics acumula mais de 25 milhões de seguidores, sendo a principal forma de promover os produtos, tendo como público-alvo uma geração imensa de mulheres jovens. Por aderir uma interface mais amigável e feminina, usufrui do sucesso de sua família para criar colaborações, como: Koko x Kylie, Kris x Kylie, Kendall x Kylie, Kim x Kylie, Kourt x Kylie e até com a sua filha, Stormi. 

Além disso, Kylie também investe em coleções de datas comemorativas, como Natal ou seu próprio aniversário. A jovem empreendedora já assinou diversas linhas temáticas, como a linha natalina inspirada no Grinch, e até mesmo coleções de Halloween. Nas últimas semanas, lançou sua mais nova coleção, fazendo referência ao filme A Hora do Pesadelo, com direito a posar nua coberta de sangue e usar um look que lembra ao icônico personagem da obra, Freddy Krueger. Esse marketing chamou muita atenção nas redes sociais, algumas pessoas acharam a ideia genial, e outras brincaram com a situação, dizendo coisas como “eu nos meus períodos menstruais”, ou insinuando que a parceria especial seria com marcas de ketchup ou absorventes.

Todas as estratégias de marketing e resultados positivos ocasionaram em um imenso sucesso, trazendo o reconhecimento de diversas revistas, incluindo a Forbes, magazine estadunidense de negócios e economia. Em 2018, a jovem de apenas 21 anos foi destaque da capa que levou o título de “empreendedora mais jovem do mundo a se tornar bilionária”. Em entrevista à revista, afirmou que: “É maravilhoso ser reconhecida por algo que é minha paixão e estou muito agradecida por isso. Sempre amei maquiagem e trabalhei muito duro para lançar meu primeiro kit de lábios no mercado. Aprendi muito ao longo deste caminho e espero inspirar outros a realizarem seus sonhos”.

Porém como nem tudo são flores, um tempo depois a Forbes retirou a nomeação de bilionária. A magazine alega que depois da Kylie ter vendido 51% das ações da Kylie Cosmetics para a empresa Coty, o acesso nos registros possibilitaram a descoberta da suposta mentira: as empresas do clã Kardashian-Jenner são menores e bem menos lucrativas. O lucro de mais de US$300 milhões em 2018, era apenas de US$125 milhões, o que ainda é bastante dinheiro mas não suficiente para receber o título de bilionária. Além disso, com a pandemia do Covid-19 e as novas avaliações da Revista Forbes, a fortuna de Jenner equivale a um pouco menos de US$900 milhões.

Em resposta a reportagem, declarou no Twitter que nunca pediu a nomeação e nem modificou as finanças da empresa: “Nunca pedi nenhum título ou tentei mentir minhas conquistas. NUNCA. Mas tudo bem. Sou abençoada ao longo de todos os meus anos, tenho uma filha linda e um negócio de sucesso e estou indo perfeitamente bem. Posso citar uma lista de 100 coisas mais importantes agora do que fixar quanto dinheiro eu tenho”.

Apesar da polêmica, Kylie se tornou a celebridade mais bem paga do mundo nos últimos 12 meses de 2020, faturando mais de US$590 milhões. No mesmo ano, a empresa de cosméticos foi a segunda linha de celebridades mais lucrativas, ficando atrás somente da Fenty Beauty, da Rihanna, de acordo com a Tribe Dynamics. Esse feito possui uma relação com a criação da Kylie Skin. Em maio de 2019, Jenner lançou sua nova marca de skincare – cuidados com a pele – na época em que o mercado do nicho estava se expandindo. A nova linha possui uma variedade de produtos, como hidratantes, tônicos, esfoliantes e cremes para os olhos. 

Além disso, Kylie Skin é certificada com ingredientes veganos, sem crueldade animal, sem parabenos e sulfatos. As embalagens são mais simples e elegantes quando comparadas com a linha de cosméticos, o que foi extremamente calculado para ser adicionado à marca de Kylie. Essa decisão por algo mais clean pode ser vista até mesmo nas embalagens, que são mais simples e elegantes quando comparadas com a linha de maquiagens. Como visto no documentário lançado pela empresária sobre o nascimento da marca, o seu sucesso foi tão grande que os produtos esgotaram em apenas 4 minutos após o lançamento.

E as criações não param por aí…Em setembro de 2021, Jenner anunciou uma marca de moda praia, Kylie Swim. Os bikinis e maiôs são cavados, com recortes assimétricos e tons inspirados no pôr do sol, como laranja, amarelo, rosa e vermelho. Com a estreia, a nova expansão da Jenner recebeu alguns reviews negativos, como a finura e transparência do tecido, apesar de outras pessoas adorarem os produtos.

Praticamente duas semanas depois, Kylie Baby foi apresentada ao público. A nova categoria é para as mamães de plantão, sendo uma linha hipoalergênica e vegana com produtos de banho para os pequenos. Além disso, Kylie e sua equipe desenvolveram uma apresentação mais doce e infantil, com participação da “Toró”, mais conhecida por Stormi.

Em comunicado à imprensa, declarou que já estava trabalhando nessa nova empresa durante três anos, principalmente depois do nascimento da mini Webster: “Quando minha filha nasceu, eu estava trabalhando no desenvolvimento de Kylie Skin e comecei a pesquisar ingredientes para bebês porque queria ter certeza de que estava colocando produtos suaves, limpos e seguros em sua pele e cabelo. É tão incrível ter esses produtos que ela me ajudou a criar, para tornar nossa hora do banho ainda mais especial”.

É inegável que Kylie Jenner fundou uma das marcas mais bem-sucedidas de todos os tempos, e com o tempo só vêm expandindo o seu império para outras áreas. Todos os produtos ultrapassam o conceito de ‘coesão e aclamação’, e não se pautam apenas ao branding da celeb. A caçula das Kardashians-Jenner já mostrou que veio para ficar e que o céu é o limite. O que mais podemos esperar vindo dela?!